segunda-feira, 14 de junho de 2010

Era


Era eu a convencer-te que gostas de mim e tu a convenceres-me que não é bem assim.
Era eu a mostrar-te o meu lado mais puro e tu a argumentares o inevitável.
Era eu a dançar em pleno dia e tu encostado como quem não vê.
Era eu a falar para esconder a saudade e tu a esconderes-te no que não se dizia.
Desviando os olhos por sentires a verdade, juravas a certeza da mentira, mas sem queimar demais, sem querer extinguir o que já se sabia.
Eu fugia do toque, como do cheiro, por saber que era o fim da roupa vestida que inventava no meio do escuro onde estava, por ver o desespero na cor que trazias.
Eras tu a despir-me do que era pequeno e eu a puxar-te para um lado mais perto.
Eras tu a ficares por não saberes partir e eu a rezar para que ficasses.
Afinal, Quebramos os dois!

É quase pecado o que se deixa, quase pecado o que e ignora

Toranja/adaptado ;)

Sem comentários:

Enviar um comentário