sexta-feira, 21 de janeiro de 2011

Navegar


'Não vou procurar quem espero se o que quero é navegar pelo tamanho das ondas: conto não voltar. Parto rumo á Primavera que em meu fundo se escondeu; esqueço tudo do que eu sou capaz: hoje o mar sou eu! Esperam-me ondas que persistem, nunca param de bater; esperam-me homens que resistem antes de morrer. Por querer mais do que a vida sou a sombra do que eu sou. E ao fim não toquei em nada do que em mim tocou. Parto rumo á maravilha, rumo á dor que houver para vir; se eu encontrar uma ilha, páro para sentir. Dar sentido á viagem para sentir que sou capaz: se o meu peito diz 'coragem', volto a partir em paz. Eu vi, mas não agarrei'

Ornatos Violeta
Capitão Romance

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