domingo, 15 de maio de 2011

Mochila


De mochila num só braço ele sai de casa sempre de manhãzinha, a acenar 'adeus' com um sorriso meio ensonado. E eu vejo-o ir com uma pontinha de uma-tristeza-que-já-conheço-bem e tenho de me sentar por um bocado: porque o sentimento que posso vê-lo partir um dia, até não-sei-quando chega e bate forte; e eu ainda nem entrei completamente no Mundo dele. Fico feliz de cada vez que posso partilhar o sorriso dele, rir com as piadas ou os momentos trapalhões de cada um, das fitas e das cóceguinhas. Sou a pequenina, a princesinha dele, mas sinto que ele me escapa pelos dedos todos os dias, mesmo quando passo a vida a tentar segurá-lo. E ás vezes pergunto-me se sei mesmo o que ele está a pensar, mesmo quando acho que tenho a certeza? E ele cresce todos os dias, sinto-me a afilhada-namorada mais babada e orgulhosa do Mundo inteiro. É como tentar apanhar fumo com as mãos.

Sometimes I wish that I could freeze the picture and save it from the funny tricks of time

2 comentários:

  1. Não entendo, não percebo a tuas dúvidas e perguntas interiores, parece que não dás valor ao que fiz e faço por ti :( Os sentimentos são como o vento, não se vê, nem se pode apanhar, mas eles estão lá e nem um cego o poderia negar, apenas tu tens dúvidas!

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  2. As dúvidas não podem congelar a nossa vida. E espero que as certezas sejam maiores. Porque se não forem é bom que me chames. Sou boa a dar cabo delas. Um beijinhos aos dois, meus enamorados.

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